quarta-feira, 15 de março de 2017

REVITA IMPEDE ACESSO DE VEREADORES AO ATERRO SANITÁRIO DE MARITUBA


A empresa queria que apenas uma comissão de representantes entrasse, o que não foi aceito. Os vereadores decidiram recorrer à Justiça para garantir livre acesso ao aterro

A direção da empresa Revita, responsável pela gestão da Central de Processamento e Tratamento de Resíduos (CTPR), em Marituba, negou o acesso de vereadores de Belém àquele aterro sanitário, na manhã de hoje.

A visita ao aterro foi decidida pelos vereadores após a realização de sessão especial da Câmara Municipal de Belém (CMB) que debateu o assunto, na segunda-feira (13/03).

O pedido de visita foi encaminhado ao gerente da empresa, Michel Bacelar de Souza, pelo vereador Toré Lima (PRB), 1º secretário da CMB. Na noite de ontem (14/03), por e-mail, Michem Bacelar respondeu negando autorização para a visita dos vereadores. Ele alegou que o pedido foi encaminhado com prazo muito breve à data da visita. Ainda assim, os vereadores foram à CTPR.

Lá chegando, encontraram o portão do aterro sanitário fechado. Lá estavam moradores de Marituba, que coordenam o movimento que exige o fechamento da CTPR, vereadores de Marituna e Ananindeua, além de vários profissionais da impresa.

Os vereadores de Belém tentaram negociar com os representantes da empresa, sem sucesso. A empresa aceitava a entrada de uma comissão de representantes, mas não de todos os presentes. A proposta não foi aceita.

Diante da intransigência, os representantes das três câmaras municipais presentes decidiram entrar com uma ação judicial, solicitando a garantia de visita irrestrita àquele aterro sanitário, o mais breve possível.

"O que a empresa tanto quer evitar que nós vejamos e saibamos? O que ela tem a esconder? Que irregularidades estão sendo lá praticadas?", questionou o vereador Toré Lima, revoltado com a intransigência da direção da empresa.

"Acredito que a intransigência da empresa depõe contra ela”, afirmou Toré Lima. “Garantir transparência, dar visibilidade às suas atividades e, se for o caso, admitir erros e assumir compromissos de corrigi-los, essa seria a atitude mais correta da Revita”, afirmou o vereador.

"Esta empresa é responsável pela execução de um serviço público, é paga com recursos públicos e tem obrigação de prestar informações à população e seus representantes", concluiu Toré Lima.

Os setores jurídicos das Câmara Municipais de Belém, Marituba e Ananindeua vão se reunir para elaborar o pedido à Justiça.

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