sexta-feira, 10 de março de 2017

UM DEBATE NECESSÁRIO E INADIÁVEL!


Não basta a indignação inerte diante do lixo não recolhido nas ruas de Belém, apodrecendo e causando mal às pessoas e ao meio ambiente!

Não basta a revolta diante das informações de que o chorume está contaminando os mananciais de água existentes próximo ao aterro sanitário de Marituba, ou que o metano, resultado da decomposição do lixo orgânico, está sendo lançado diretamente na atmosfera, afetando a saúde das pessoas e contribuindo para o aquecimento global. É preciso reagir!

Na verdade, esse problema não deve ser atribuído apenas ao poder público: a sociedade e cada cidadão devem se sentir responsáveis e propor medidas que resolvam esse problema e suas consequências graves. Devemos adotar postura proativa e propositiva.

Esta é uma excelente oportunidade para fazermos isso!
Mobilize seus vizinhos, seus amigos e a comunidade local. Venham participar!

Leia mais em http://torelima.blogspot.com.br/2017/03/cmb-e-sociedade-civil-vao-debater-o.html

quarta-feira, 8 de março de 2017

CMB E SOCIEDADE CIVIL VÃO DEBATER O GRAVE PROBLEMA DO LIXO DE BELÉM


“O projeto original previa a instalação de unidades de coleta, tratamento e reaproveitamento do chorume, e de captura e queima do gás metano. A não execução dessas etapas é coisa muito grave!”, disse Toré Lima

Acatando proposta do vereador Toré Lima (PRB), a Câmara Municipal de Belém (CMB) realizará, na próxima segunda-feira (13/03), sessão especial para debater o grave problema relacionado à coleta, tratamento, reciclagem e destinação final do lixo na região metropolitana de Belém.

O problema ganhou dimensão de escândalo e de ameaça à saúde pública, na semana passada, com a interdição da Central de Processamento e Tratamento de Resíduos (CTPR), no município de Marituba, em protesto de moradores locais. Como consequência, o lixo doméstico, hospitalar e industrial dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba deixou de ser recolhido durante oito dias.

Na capital, o lixo se acumulou em todas as vias públicas da cidade, causando poluição ambiental e mal estar à população, especialmente pelo mal cheiro provocado pela decomposição do lixo orgânico. Com as fortes chuvas que caíram sobre a cidade nos últimos dias, enorme quantidade de lixo foi arrastada pela enxurrada, agravando o já dramático problema de obstrução de bueiros e canais que cortam Belém. Caos foi a palavra mais apropriada para definir a cidade naqueles dias sem coleta de lixo. 

Na terça-feira (07/03), o assunto foi debatido pelos vereadores municipais. Todos trataram do assunto, cada um enfocando o problema sob óticas diferentes. Sem informações precisas sobre os problemas existentes na Central de Processamento e Tratamento de Resíduos, que levaram os moradores de Marituba a interditar a via de acesso ao aterro sanitário, o vereador Mauro Freitas, presidente da CMB, sugeriu uma visita dos vereadores de Belém ao aterro sanitário, o que deverá acontecer nesta quinta-feira.

Mas, para Toré Lima, é necessário entender o que é o CTPR, como foi concebido e instalado e como efetivamente vem funcionando até agora. Visitar o local sem o acompanhamento de engenheiros e outros técnicos que possam explica-lo, na opinião do vereador, é insuficiente. E propôs, então, a realização de sessão especial para debater o problema com a presença de representantes do poder público e da sociedade civil.

Da sessão especial vão participar representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), das secretarias de Saneamento e Meio Ambiente dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, e também da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB-Pará, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PA) e de entidades de coletores e recicladores de lixo.

A iniciativa de Toré Lima foi apresentada na forma de requerimento, aprovado à unanimidade, durante a sessão da última terça-feira (08/03).

Fedor e mal estar – Os manifestantes que interditaram a via de acesso à Central de Processamento e Tratamento de Resíduos (CTPR), em Marituba, denunciam o mal estar causado pelo fedor emanado do aterro sanitário, além de contaminação dos mananciais de água existentes próximos àquele local.

“Naquilo que já é possível saber sobre os problemas existentes naquele aterro sanitário, podemos afirmar que eles decorrem da não execução plena, por parte da empresa, de etapas previstas no seu projeto original”, afirmou Toré Lima. Na opinião do vereador, três etapas importantes deixaram de ser executadas: a triagem do lixo para lá encaminhado, que separaria o lixo orgânico do não orgânico; a não contenção do chorume e seu aproveitamento, assim como do gás metano, ambos gerados pela decomposição do lixo orgânico.

“O projeto original do aterro sanitário previa a instalação de unidades de coleta, tratamento e reaproveitamento do chorume, que seria aproveitado na produção de adubo, e de captura e queima do gás metano, impedindo que ele fosse liberado para a atmosfera. A não execução dessas etapas é coisa muito grave!”, afirmou Toré Lima.

Segundo o vereador, o forte mal cheiro existente na área e no entorno do aterro sanitário comprova a presença do metano, que está sendo lançado diretamente na atmosfera, sem a necessária queima, ou seu reaproveitamento, causando tanto mal estar à população. O metano é um gás causador do efeito estufa, associado ao aquecimento do planeta.

A sessão especial acontecerá a partir das 15h, no salão plenário da Câmara Municipal, na próxima segunda-feira. Qualquer cidadão poderá dela participar.